Toots and The Maytals

segunda-feira, 20 de julho de 2009

O Pai dos Skinhead Trad


Um pouco mais de Laurel Aitken...É impossível falar de música jamaicana sem falar de Laurel Aitken... Mento, Calypso, Jazz, Boogle, R&B, Ska, Bluebeat, Reggae, Rocksteady, Skinhead Reggae, Roots, Deejay, Toasting, Lovers Rock... Pode ter certeza que se procurar você vai achar uma canção para cada ritmo e todas interpretadas pelo mesmo artista: Laurel Aitken.
Nascido em Cuba, em 1927, Laurel Lorenzo Aitken, também conhecido como "the godfather of ska" (em alusão ao filme O Poderoso chefão, só pra ter uma idéia!) imigrou para a Jamaica aos 8 anos, onde começou a cantar calypso e mento para os turistas, ainda criança. As suas primeiras gravações de calypso e R&B datam de 1952. Na época que o R&B estourou nos Estados Unidos, nascia o ska na Jamaica e Laurel Aitken foi um dos primeiros a interpretar e gravar o ritmo... Assim como os Skatalites e vários grandes nomes da música jamaicana, o padrinho também estudou na Alpha Boys School... Nos anos 60 começou a fazer rocksteady ainda na Jamaica, e no final dessa década se mudou pra Inglaterra, fazendo fama na capital inglesa e se tornando um dos maiores nomes do reggae bem na época em que o ritmo havia estourado na terra da rainha. Teve ainda canções suas editadas por Prince Buster, Duke Reid e outros... Dentro do reggae teve uma pequena fase rastafari mas foi no skinhead reggae e no ska que obteve maior exito e maior numero de fãs. Há quem diga que ele atuava também fazendo toasting e sendo DJ sob o pseudônimo de Tiger, coisa desmentida pelo mesmo, que diz ser produtor do tal cantor. Produziu nomes como Winston Groovy, Prince Buster e outros. Na Inglaterra, além de trabalhar nos selos foi acompanhado pela banda The Rudies, que trazia nos trombones nada menos que Rico Rodriguez, onde encontrou uma audiência fiel que não poderia passar desapercebida: Os skinheads, apaixonados pela música negra adotaram para si mesmos temas como Woppi King, Jesse James ou Haile Selasie (um dos poucos temas rastafaris que cativaram aos skins). Nos anos 70, quando o ska e o reggae decairam e o punk, o mod revival e a 2tone estouravam, ali estava o padrinho, colaborando com bandas como o Secret Affair e o The Ruts. Nos anos 80 e 90 fez turnê e deu suporte a várias e várias bandas, entre elas The Busters, Malarians Ska Flames e Skarlatines. Passou por momentos ruins de saúde no fim de 2003, mas conseguiu voltar a cantar e fazer shows, pena que por pouco tempo, pois lamentavelmente faleceu no domingo, 17 de julho de 2005 de parada respiratória depois de alguns dias em Lancester, Inglaterra. Se foi mas deixou um dos maiores legados da música jamaicana, afinal, ser "El Padrino" não é para qualquer um.

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